Era uma vez um homem que amava.
E que de tanto amar, se transformou em pombo.
No seu corpo de columbiforme foi a voar até à janela de sua amada.
Pois viu o homem pombo que era tarde, e picando a janela a picou, até que seu amor acordasse.
Sua amada acordou irada e o expulsou.
Mas nem por isso o pombo a amou menos.
No dia seguinte, viu o homem pombo que era tarde, e picando a janela a picou, até que seu amor acordasse.
Sua amada acordou mal-humorada e o expulsou.
Pois ao terceiro dia, não amando menos, viu o homem pombo que era tarde, e picando a janela a picou, até que seu amor acordasse.
Sua amada acordou farta do pombo, e o expulsou, e espalhou veneno na janela.
Mas o homem pombo não a amou menos.
No dia seguinte, viu o homem pombo que era tarde, e picando a janela a picou, até que seu amor acordasse.
Ao picar a janela, sentiu um gosto amargo, e pensou que se tratava do sabor da rejeição.
Logo de seguida caiu morto, mas nem por isso a amou menos.
E nesse dia, a sua amada não acordou.
NOVO PRAZO - do concurso literário
Há 6 meses
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